Porque daqui em diante será sempre Nós!

sábado, 17 de março de 2012

Namoro à distância

Ainda bem que vivemos nesse tempo, sabia?
Apesar dos pesares, imagina como deveria ser namorar à distância há 60, 70 anos atrás...
Hoje somos favorecidos pela Internet, pelo msn, skype, faces, twitters e blá blá blá. São mágicas tecnólogicas que diminuem as distâncias e fazem com que namoros de anos, como o meu, não se acabem.
É, pois é, estamos geograficamente distantes, separados por uma torturosa vontade de casar e um emprego que antes precisa ser estagiado... oh vida dificil!
A gente já se preparava pra isso, nos programávamos para essa distância, para esse reviravolta no relacionamento marcado pela presença, sobretudo, física. Mas apesar de toda essa preparação psicológica, nunca havia sido treinada para tal, dez dias distantes conta quando a gnt compara por 6 ou 9 meses.
 Nunca pensei que escreveria sobre namoro à distância aqui na primeira pessoa. Sempre a gente pensa que vai acontecer com o outro mas nunca com a gente, né? Agora tou eu aqui... estamos há exatos 2 meses separados, pouco pra quem ver de fora, mas muito muito pra quem se via todo dia , quem ia pra universidade junto, pra quem era dependente do outro.
Nos vemos apenas nos fins de semana, o que já é muita coisa... mas que é sentido, principalmente, quando você quer conversar, tá precisando do carinho fisico daquela pessoa naquele momento e tem que se contentar com uma ligação (que não pode durar muito pq senão os bônus acabam) ou com um video lento na internet, que mais parece que foi gravado e está sendo reproduzido... ninguém merece!
Todo mundo vive dizendo "é bom, pelo menos aumenta a saudade"... Que saudade que nada, quando a gnt ama a gnt tem saudade até estando perto, morando vizinho, se vendo todo santo dia...
A saudade machuca... machuca muito, doi bem lá no fundo, nos maltrata até cansarmos e vermos que não há nada a se fazer além de esperar e acalmar o coração.
Acho que foi Pe Fábio de Melo que uma vez disse algo do tipo "que você fique distante a ponto de eu sentir saudades de você, mas não o suficiente para que eu aprenda a viver sem você"... sabe quando alguém resume tudo o que você queria dizer? Pronto, foi o que ele fez!
A saudade é algo muito traiçoeiro, ao mesmo tempo em que aquece um amor verdadeiro, deixa duvidas e faz cessar aquele amor não alicerçado, pouco adubado, aquele que iria acabar mais cedo ou mais tarde...!
Pra nós dois, essa distância foi saudável, não diria boa nem terrível, já que nos amávamos e queríamos estar juntos, de corpo e alma, e essa "separação" não pôs fim ao sentimento que construímos durante sete anos. Mas foi saudável... depois de muitos anos de convivência (parece até que a gente vive na mesma casa) a gente parece começar a questionar muita coisa: será que eu realmente amo essa pessoa ou me acostumei a estar ao seu lado? Isso é extremamente normal e precisa ser sentido. Por isso que pra nós, não pela dúvida, porque sempre tivemos certeza daquilo que sentíamos, mas pelo fortalecimento gerado, através do qual percebemos como realmente aquela pessoa é importante na nossa vida e o quanto faz falta a sua presença. Isso foi (muito) legal, amadurecemos nosso amor... precisa acontecer.
A dependência do outro, desnecessária, e a confiança no seu amor foi algo que percebemos ao longo desses dois meses... não poder acompanhar seus passos, saber com quem você está saindo ou que está fazendo me deixa louca, mas me fez crescer e dar valor a mim também... sentir que você também sente falta, que você também se preocupa, que você tambem queria estar aqui perto... isso faz muita (sem parênteses) diferença e me faz cada dia mais convicta que é você!
Mas todas essas descobertas e sentimentos ainda é pouco, há muito ainda para ser vivido, afinal ele não volta amanhã, né? Uma pena...


"O amor calcula as horas por meses, e os dias por anos; e cada pequena ausência é uma eternidade."
(Jonh Dryden)

Glenda Hilnara

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