Porque daqui em diante será sempre Nós!

sexta-feira, 25 de março de 2011

O início

Olá pessoal,
De dois um é  um blog em parceria. Como todo relacionamento, somos dois contribuidores para um fim comum - Glenda e Rafael - e essa é a minha primeira postagem...

                                  
Esses dias eu estava pensando... é engraçado como a gente sempre procura um “outro” ideal, cheio de características prontas, idéias comuns e jeitos pré-moldados, mas com muito pouco de si mesmo e personalidade formada!
Então você pensa... isso é culpa minha!
Ai é que está a questão: a culpa não é individual nem tão pouco infantil!
Quantas vezes não já quebramos a cara... quantas vezes já não fomos iludidos por um tipo faceiro, malandro(a) e galanteador(a)... e é isso que nos endurece o coração e nos faz escolhedores (se é que isso existe) embora seja uma gota no oceano!
A única saída que encontramos é escolher, marcados por exigências e comparações (que não seja como, que não faça como, que não diga como), enfim... que não seja mais O outro, mas UM outro que poderia ser qualquer um, afinal, é você que constantemente o(a) desenha, (re)definindo maneiras em sua mente...

Pois é, isso não é ficção! Também aconteceu com a gente!
Sempre conhecidos e passados despercebidos... ambos feridos por relacionamentos anteriores... quem poderia imaginar que isso daria certo?

Se perguntar a Rafael como nos conhecemos ele vai dizer: “Ela sempre teve um ar de que ‘todos a queriam’, vivia num mundo de que todos a achavam simpática, legal... ai eu surgi, sem dar a mínima pra ela e acho que isso a irritou, sabe como é, né? Acho que ela ficava pensando ‘por que ele não me dar atenção?, por que ele não é simpático como os outros?’ Isso fez com que ela quisesse desvendar os meus mistérios, algo pedia que ela descobrisse o que me diferenciava dos outros (isso era um máximo, eu tinha o meu charme!).
E então ela começou a me convidar para eventos, indiretamente, mas me convidava. E eu comecei a perceber que ela queria alguma coisa. Pra vocês terem uma ideia, todos os dias ela ficava esperando na porta, cedinho, só pra me ver passar de carro para a escola. Eu, claro,  comecei a frequentar mais a locadora na casa dela e fomos ficando mais amigos. Num dia de eleição, sem entender muito a minha atitude, passei em frente a casa dela e vendo o movimento resolvi parar e ficar um pouco conversando com ela. Dias depois tava ela me mandando uma camisa para um evento jovem na sua escola, que anos depois descobri que ela tinha comprado. Deu tudo certo, fui com outro amigo e lá todas as amigas dela me empurravam pra ela. Eu não tinha muito jeito, sempre fui muito tímido, não entendam isso como envergonhado, era porque não tinha um clima também pra isso, o ambiente da festa não ajudava. De repente começou, finalmente, uma música apropriada (pra se dançar a dois) e comecei a ‘aplicar’, soltando cantadas ao ouvido dela, junto de beijinhos no canto da boca, ela não resistiu. Não demorou muito, eu tenho meu charme! É isso, começamos então a namorar e até hoje ela é perdidamente louca por mim!”

Essa versão não parece muito real, não é? Nunca me achei tudo isso, é invenção da cabeça dele. O fato era que eu tinha muitos amigos e isso fazia parecer que estava sempre rodeada de homens. Ele, então, começou a frequentar muito a minha casa, conversar um pouco mais, coisa que sua ‘cara fechada’ nunca havia permitido.
Mas eu não queria, rezava incessantemente para que fosse tirado da minha vida, já tinha sofrido demais e, o pior de tudo, ele tinha acabado a pouco tempo com minha amiga! Não queria, não queria, não queria mesmo, já era certo! ... mas não tem como prevê, aquilo começou a tomar conta de mim e de repente me vi totalmente envolvida. Ele fez por onde, é claro! Por outro lado, por mais que a gente conversasse e ficasse amigo, ele não tomava nenhuma atitude, resolvi fazer alguma coisa e realmente o convidei para uma festa na escola (acho que foi a única coisa que ele disse a verdade). Lá, mais uma vez ele continuou sem fazer nada, fala sério, já tinha desistido! Mas Deus sabia o momento certo e a hora exata em que tudo tem que acontecer! Foi certeiro e maravilhoso. No outro dia, ele já estava caidinho... e lá se vão seis anos...
"De dois um: ou era amor pra vida inteira ou era a vida inteira para o amor!"

 Glenda Hilnara