Nos corredores das escolas e universidades o que se ouve hoje é como os relacionamentos estão frágeis, frívolos e efêmeros, “como não há pessoas decentes e à procura de um compromisso sério”, como as garotas estão fáceis e os rapazes entregues aos desejos do corpo e de uma vida de aventuras.
No final do ano passado assistimos a uma palestra muito interessante sobre Namoro Santo e fazia-se a seguinte indagação: Namoro Santo é possível? Achamos que a questão não deveria ser essa, mas quem poderia tornar um Namoro Santo possível?!
Os que hoje reclamam e se lamentam nos ombros dos(as) amigos(as), na maioria, são aqueles que se preocupam e desejam um amor de verdade, mas que quando se veem em situação de “festa” renegam tudo o que sentem e “entregam-se aos prazeres da vida”, ao curtir, ao viver a juventude, ao Carpe Diem (já vimos pelos menos cinquenta garotas com essa expressão tatuada no corpo), e acabam não se perguntando aonde foi parar aquela pessoa que poderia tornar um namoro exemplo de santidade: Você!
Pois é, namoramos a seis anos e meio e sempre somos questionados sobre o que estamos fazendo da nossa vida, pois não fazemos muito o estilo que curte a nigth: “Mulher, o que você vai contar para os seus filhos?; Menino, vocês são jovens precisam aproveitar!”
Em relação à primeira pergunta nós respondemos: você vai contar quantos pegou numa noite enquanto nós vamos contar o quanto foi difícil achar alguém íntegro e fiel em toda uma vida; você vai contar quantas vezes traiu seu companheiro(a), enquanto nós vamos contar o quanto pudemos construir juntos; você vai contar o quanto aprendeu nas aventuras de amores sem compromissos, e nós o quanto de Glenda já é Rafael e o quanto de Rafael já se misturou com o que há de Glenda.
Você deve estar dizendo até parece que e fácil!
É verdade, não é mesmo... não queremos canonizar ninguém, nem a nós mesmos, temos também nossas “fragilidades”, é verdade. O que nos diferencia é que, enquanto casal, não valorizamos as coisas mundanas, embora sejamos do mundo, não precisamos tomar certas atitudes para provar nada a ninguém, o que nos move é o amor a Deus.
A santidade, pois, não é um fim, é um meio, um caminho, um objetivo a ser alcançado, constantemente, no dia a dia. Não deixar que os outros te usem é o começo, não brincar com o sentimento dos outros também. E isso vale para ambos os sexos.
Uma amiga nossa que é de outra religião, nunca teve contato físico antes do casamento com a pessoa que hoje é seu marido, nos dizia ela ser aquela atitude uma escolha e não uma imposição da religião. E ficamos pensando: será que só assim para haver santidade nos relacionamentos?
Agora, podemos responder: NÃO! A santidade está na fidelidade consigo mesmo, com o outro e, sobretudo, com Deus! Isso também é castidade. Todo relacionamento deve ser pautado em confiança e respeito, não é assim com Deus?! Pois, então... o outro é a imagem dele. Trair física e/ou psicologicamente é mostrar a Deus o quanto você é incapaz de confiança. Entregar-se aos poucos, deixando pedaços de você em um(a), em outro(a), é desgastar-se e ficar vazio de si mesmo.
Procure quem, como você, ama a Deus e aos seus desígnios, “Foge também das paixões da mocidade, e segue a justiça, a fé, o amor, a paz com os que, de coração puro, invocam o Senhor.” (Timóteo 2, 22) e dessa forma Namoro e Santidade deixarão de serem opostos e passarão a estarem imbricados, num verdadeiro pleonasmo vicioso.
"De dois um: Ou é nAMORo santo ou não é NamorADA(o)"
Glenda Hilnara e Rafael Feliciano
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