Até hoje estou perplexa com essa fala, ainda bem que nem lembro o nome dela. Como será que as pessoas viveriam hoje sem uma dose de amor, ainda que pequena ou crescente? E o que dizer daquele amor exagerado, ardente, profundo, que grita de felicidade e de raiva, de alegria e ciúme, de certeza e dúvida, e o mais incrível, com todos esses sentimentos ao mesmo tempo?
Amar é muito bom. O amor é o que nos move, nos orienta, nos impulsiona. Pode até ser que um amor lhe machuque, mas foi tão bom enquanto foi amor, não? E outros amores surgem... outras coisas, outras pessoas, outros parentescos... como é bom amar.
Mas é tão bom se sentir amada, não é?
Pois é... é ai onde tudo se explica e a explicação para aquela fala ridicula da psicóloga se faz entender.
As pessoas esqueceram que amor é esse e como esse amor acontece nos relacionamentos. O amor de uma casal não é um amor pronto, daqueles em que a gente pensa "vou ficar com ele pra ser feliz", isso é um engano!
O amor real num relacionamento só acontece quando eu penso no outro, não um amor egoísta que espera que o outro, simplesmente, me faça feliz. Um relacionamento só dá certo quando ambos pensam em fazer o outro, o seu companheiro, a pessoa que você escolheu para estar com você, feliz.
"Eu quero fazê-la feliz", "Eu quero que ele seja feliz".... isso é que amor! Amor não é amar-se.
E nesse constante processo de eu o faço feliz e ele faz o mesmo é que as coisas acontecem e o amor cresce e se fortalece.
E é esse meu desejo de vê-lo sempre feliz que deixa meu coração triste.
5738km nos separam.Como fazer alguém feliz à distância, se é essa mesma distância que me mata? Como é que alguém pode ser feliz distante de quem ama?
São necessidades que me fazem pensar na realidade dos sentimentos e ver que, eu posso não estar feliz assim, mas o farei feliz assim mesmo, distante.
No reencontro você perceberá que eu sempre te fiz feliz.
"Voe por todo mar e volte aqui... pro meu peito"
Glenda Hilnara